1º encontro "O ESPAÇO"

BEM-VINDOS

Este blog tem por missão REGISTRAR o processo de Imersão Teatral que o Grupo de Teatro Forfé está desenvolvendo durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2010 junto à comunidade piracicabana.

sábado, 3 de abril de 2010

Protocolo do Último Encontro

Se liga! O ultimo encontro foi totalmente de quebrar o padrão básico de que a oficina acontecia apenas dentro da Sala 2. Até mesmo eu pensava sobre isso, mas foi no domingo passado que eu descobri que teatro pode acontecer em qualquer lugar, a todo momento.

Com o exercício que o Felipe propôs, exercitar o personagem que cada um está fazendo no Teatro a vapor, através de ações simples do dia-a-dia: acordar, dormir, atender ao telefone, comer, falar etc. É interessante esta perspectiva, afinal, um personagem machão, por exemplo, vai repudiar o uso de etiqueta numa refeição. E era esse o ponto, por mais que seja uma coisa simplória foi se tornando tudo tão complexo.

O segundo passo do exercício era fazer a rotina desse mesmo personagem em torno do Teatro Municipal! Nesse momento eu poderia ver nos olhos de todos a expressão "ii agora ferrou", afinal, ninguém esperaria fazer algo em frente a todo um público. Eu, por exemplo, atravessei a rua, e como meu personagem é um homem educado, gentilmente cumprimentei um dos motoristas que estavam na avenida. Após o exercício voltamos para a Sala 2 e dormimos para acordamos nós mesmos.

Nesse último encontro eu senti uma dose de solidão, por alguns motivos: um deles é que a Thais já não se encontrava mais e o círculo vazio que estava presente no encontro, nos fez lembrar lembrarmos dos primeiros encontros e analisarmos, vamos notar que muitas pessoas desistiram, isso é de certa forma lamentável, mas como o Mestre Felipe costuma dizer: "Teatro é uma arte de sobreviventes". Nós sobrevivemos e assim vamos continuando!

Uma última palavra para o encontro: SOBREVIVENTES!

Por Tchello Andrade

quinta-feira, 25 de março de 2010

Protocolo do Décimo Encontro (21/03/10)

Esse encontro teve um sabor diferente dos demais... Pra mim, ele começou no fim do encontro anterior, quando fizeram os primeiros acertos da nossa excursão ao FOLIAS, cuja expectativa permeou minha semana, e sei, a dos colegas também.

Foi uma experiência incrível ver de perto pessoas tão corajosas, doando-se pela arte, cheias de amor no que fazem.

No domingo, tínhamos muito pra contar, discutir, entender...

Confesso, ainda estou digerindo algumas coisas.

O momento em que compartilhamos sobre a leitura da peça também foi muito construtivo, pois percebemos que todos estamos sujeitos às dificuldades, e somos felizes por isso, pois é com a superação delas que crescemos. Percebo que, enquanto grupo, temos nos tornado cada dia mais solidários com a dificuldade do outro e interessados, também, em saber o que os demais leram, o que entenderam e aprenderam... Sinto-me mais culta nessa hora...rsrsrs....

Os exercícios físicos exigem de mim sempre maior dedicação. Por mais que eu me esforce em prestar atenção, confundo fácil essa história de quem pega fala um nome, que pega outrem, etc. Talvez por causa disso saio da brincadeira logo no começo, geralmente, corro pros braços do "inimigo"...( Rsrs). Pelo menos já me acostumei com a caminhada e com os números da Thais, esses eu quase não erro... Rs Em compensação, brincar de paquerar nunca foi tão divertido...

Difícil mesmo foi descobrir que nos despedimos da Thais (espero, por enquanto). Aquela massagem fechou com chave de ouro, né galera?? Ela, como sempre, caprichou na aula. Fica aqui o meu agradecimento, em nome de todos, pela generosidade em compartilhar conosco o que sabe, mais, o que é. Sua simpatia conquistou todos nós. Seu sorriso fará falta no próximo encontro. Foi o êxodo dela.

Fechamos o encontro com diversas palavras e o abraço individual deu forma a cada uma delas... Nada tão bom quanto sentir todo mundo pertinho...

Então, é isso.... Essa deliciosa brincadeira que levamos a sério. Esse jogo, que pode ter diversas regras, ou nenhuma; que revela mistérios e também os provoca; que nos ensina e anima a ensinar; que às vezes nos comove e sempre nos emociona. Sim, porque é impossível não sentir nada. A convivência com o teatro, com o palco, com a arte cênica, nos proíbe a indiferença. Esse contato nos tira da nossa zona de conforto (será nosso primeiro "Êxodo"?) e nos convida a adentrar num mundo lúdico, poético, inesperado, SAGRADO. Mais do que aprendizes, somos experimentadores, dispostos a pagar o preço que for preciso, a suar a camisa...

A letra da música abaixo resume pra mim um pouco deste último aprendizado. Fala da nossa insatisfação constante, da nossa necessidade do êxodo, das variações de tempo e lugar a que estamos sujeitos, e que na verdade, buscamos....


"A vida do viajante"

Composição: Luiz Gonzaga & Hervê Cordovil

Minha vida é andar por esse país

Pra ver se um dia descanso feliz

Guardando as recordações

Das terras onde passei

Andando pelos sertões

E dos amigos que lá deixei

Chuva e sol, poeira e carvão

Longe de casa sigo o roteiro

Mais uma estação

E a saudade no coração

Minha vida é andar por este país...

Mar e terra, inverno e verão

Mostro o sorriso, mostro a alegria

Mas eu mesmo não

E a saudade no coração

quinta-feira, 18 de março de 2010

Protocolo do Nono Encontro (14/03/10)

Empolgação, ansiedade, vontade de se superar e querer que cada segundo valha a pena é o que eu sinto antes e ao decorrer de cada encontro e o último não foi diferente e não deixou a desejar em nada; o ponto alto dos encontros ao meu ver é o mistério, mistério por você não saber exatamente o que será proposto e se você dará conta do recado... Mas é esse friozinho na barriga que nos estimula a querer descobrir e executar qualquer situação que te desafie.

Começamos o encontro “passeando” pelas peças teatrais, onde cada um deveria descrever e expor a sua opinião sobre a peça que lhe foi destinada. Foi um momento de partilha onde pudemos ter um “aperitivo” das histórias e seus autores. Embora o momento tenha sido delicioso foi difícil para mim, porque pude perceber como meus companheiros se empenharam em suas pesquisas e como eles estavam preocupados em nos passar informações corretas, enquanto eu me martirizava por não ter estudado tanto como gostaria, no entanto, todas as explicações foram ótimas e conseguiram plantar a sementinha da curiosidade e ficou no ar aquele gostinho de quero mais.

Depois já dos conhecidos alongamentos e dinâmicas fomos divididos em grupos, trios e duplas afim de fazer uma improvisação de uma cena na qual só sabíamos pequenos detalhes o resto seria por nossa conta e tenho que ressaltar que todos se saíram muito bem nessa tarefa, pode-se perceber um entrosamento muito bom entre todos e a evolução de cada um. Aliás, quando ouço a palavra IMPROVISAÇÃO me dá o temido friozinho na barriga; mas pelo fato de já estarmos praticando a algumas aulas me senti mais segura e senti também a importância que tem ser apoiada pelos parceiros de cena, por estar vencendo um dos meus medos, ter a oportunidade de ficar mais próxima de pessoas que não tinha tanto contato antes e poder conhecê-las melhor foi o que eu mais gostei neste domingo.

E falando em gostar não poderia deixar de citar o segundo “passeio” do dia: a introdução no mundo da iluminação. Quem nos guiou foi o supervisor técnico de iluminação do TEATRO MUNICIPAL, o Fernando (Sombra). Tivemos uma noção do que pode e do que não se deve fazer numa iluminação com uma breve, porém, interessante explicação pudemos conhecer um pouco mais sobre essa parte dos espetáculos muito importante.

Pude perceber no último encontro que os DETALHES são extremamente importantes e quando você pensar que algo esta bom MEXA-SE porque pode ficar melhor.

Um dito que resume não só o nosso ultimo encontro, mas também se aplica a nossa vida.

"TODOS ESTAMOS DE VISITA NESTE MOMENTO E LUGAR; SÓ ESTAMOS DE PASSAGEM. VIEMOS OBSERVAR, APRENDER, CRESCER, AMAR E VOLTAR PARA CASA."

Dito aborígine australiano

Wilma Barbosa

Conviver com pessoas diferentes é sempre um desafio; mas esse desafio se torna gostoso se essas pessoas respeitam, aceitam e acolhem todas as opiniões propostas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Protocolo do Oitavo Encontro (07/03/10)


As oficinas geralmente são momentos para refletir sobre arte e ter uma noção de como se constrói tudo aquilo que se vê quando vemos os atores no palco. Esperava também saber um pouco sobre Brecht, um nome que ouço vez ou outra, mas nunca havia parado para pesquisar sobre suas ideias.

Achei interessante a preocupação em manter a postura crítica daqueles que assistem e os recursos utilizados para que as pessoas não ficassem hipnotizados com o que veem. Além disso, existe também a preocupação em deixar claro que se está num teatro e no palco se passa um jogo e não realidade. Para isso, podem-se criar interrupções para “quebrar” a atenção da plateia, manter os atores o tempo todo no palco, deixando que eles se distanciem ou aproximem-se dos personagens nos momentos adequados.

Na época em que assisti Dogville, lembro-me de ter gastado um bom tempo tentando entender como se davam as relações entre os personagens, já que algumas situações são bastante incomuns. Se o objetivo do Lars Von Trier era levar Brecht do teatro para o cinema conseguiu, tanto que não consegui realmente “entrar” no filme mesmo ele sendo fortíssimo.

A parte prática da oficina foi bastante curiosa e exigiu mais de nós que o normal, mas acho que foi um dos exercícios mais intensos que fizemos até hoje. Os alongamentos tomaram formas diferentes, mais distantes das aulas de educação física e mais próximo da arte, tanto que várias vezes fomos alertados sobre a delicadeza dos movimentos.

Alongar, dobrar, carregar, esticar, trabalhar os planos e procurar a beleza destes movimentos é uma tarefa ótima, principalmente quando os fazemos num ritmo super acelerado. Acredito que a opção pela Sala 2, a iluminação mais fraca e amarelada e da música (que mais parecia a junção de sons aleatórios) contribuiu para que a atmosfera ficasse diferente, e nos poucos momentos que pude ver o que acontecia ao meu redor parecia um ritual estranho. Vi imagens parecidas com a foto acima. Fiquei curioso para saber como ficariam as cenas se os diálogos do Caio F. fossem feitos com todos nós exaustos. Resumindo, foi um dos exercício mais interessante que fizemos até hoje .

Outro ponto que me chamou a atenção foi a corda, não pelo exercício em si, mas pela minha dificuldade em conseguir acertar a hora certa de pular. Pior ainda quando a corda se inverteu: aí sim se danou tudo. Quando as oficinas começaram eu esperava que o maior desafio seria a exposição, os momentos em que eu estaria em cena, mas não, a minha maior dificuldade é ACORDA! Ao mesmo tempo, não será A CORDA que me fará desistir, pelo contrário, vou pular e entrar no tempo errado até finalmente acertar! Algo que deve acontecer, provavelmente, numa próxima encarnação ou nesta mesma se eu continuar a insistir e insistir e insistir...

Até o próximo domingo!

sexta-feira, 5 de março de 2010

E mais um (terceiro) Protocolo do Sétimo Encontro

A minha expectativa antes do encontro era de mais uma aula empolgante. Não imaginara que teríamos a parte teórica antes da prática e que a aula se realizaria na Sala 2 do Teatro Municipal. Não tinha a imensidão de tão profundo que seria a aula. Os exercícios proposto foram: inicialmente um bate-papo sobre o teórico Constantin Stanislavski, autor do livro “A preparação do ator”. Discutimos seus pensamentos e a importância do livro, que não deixa de ser um exercício.

Na parte prática primeiramente foi realizado um alongamento individual e depois em duplas que escolhíamos aleatoriamente.

Logo em seguida realizamos o exercício da corda, em que se baseia na antiga brincadeira de criança de passar pela corta enquanto a mesma se encontra em movimento; de início apenas atravessar por ela em subsequente dar pulos. Este exercício foi realizado individualmente e posteriormente em duplas até o momento de ser em grupo.

O objetivo desta brincadeira séria é nos transpor a dimensão de estar diante do palco, saber como entrar em cena, respeitar o espaço do outro ator e trabalhar em conjunto. Todos os exercícios exigiram-nos muita atenção em todos os sentidos, porém, de uma maneira especial destaco o exercício com a corda pelo fato de respeitar as dificuldades do meu próximo e os meus. Como incentivá-lo quando ele não consegue pular a corda? Trazendo para o teatro, como fortalecer meu companheiro quando ele se encontra em dificuldade antes e durante a cena? E nós pudemos desfrutar e aprender de maneira simples e objetiva este conceito.

Após este exercício foi proposto que reuníssemos em grupo e, cada grupo tinha que responder três perguntas: quem são vós? Onde vós estais? Fazendo o quê? Depois foi distribuída a ideia, por exemplo, as ideias do grupo 1 para o grupo 2, e os mesmos tinham que encenar o que foi idealizado pelo outro grupo. Como sempre após cada exercício foi realizado em feedback.

O último exercício foi o chamado “Jesus passou por aqui”. O mesmo consiste na formação de uma roda em que um participante passava com um bastão dizendo: “Jesus passou por aqui, Jesus passou por aqui e Jesus ficou aqui”. Como foi relatado pelo Felipe Menezes o exercício não tem pré-explicação, entendemos ou não.

Sobretudo o exercício que mais curti foi o da corda, embora desafiador e energizante, amei por arrostar as minhas próprias dificuldades. Assim como todos que participaram.

Sem sombra de dúvida o exercício que senti mais dificuldade, acredito que a maioria irá concordar comigo, foi o “Jesus passou por aqui”. Digo-lhes isto de uma forma divertida, uma vez que de início não entendêssemos o que ocorreria, mas exigiu-nos uma atenção maior e que com certeza deixou-nos pensativos: durante a semana fiquei ponderando ao ponto de sonhar com o mesmo tentando desvendá-lo.

A sensação deixada no encontro especificamente para mim foi que posso muito mais do que imagino e, que preciso melhorar muito, continuar estudando. Bem, como teatro não é apenas um espetáculo extraordinário e de formosura, mas há um estudo profundo-técnico a respeito. A discussão inicial do encontro sobre o livro “A preparação do Ator” fez-me refletir sobre esta seriedade e a suma importância de se preparar antes de subir em uma plataforma.

Para resumir o encontro deixo-lhes as seguintes frases de dois filósofos referenciais por suas ideologias, como também de um grande pintor que se tornou alusão mundial por suas obras. Acredito que estas frases transcrevem de uma forma singela o encontro de domingo passado.

“Todo meu saber consiste em saber que nada sei” Sócrates 469 a.C- 470 a.C. Quanto mais estudo mais percebo que muito tem que se aprender.

“A excelência é o resultado daquilo que fazemos repetidamente; portanto, não é um incidente”. Aristóteles 384 AC322 AC. Repetir, repetir sempre para concluir sucesso.

“Dentro da pedra já existe uma obra de arte. Eu apenas tiro o excesso de mármore”. Michelangelo 1475-1564. Dentro de nós existe um grande talento, basta dedicarmos tempo para lapidá-los.

Não poderia deixar passar a oportunidade de registrar minhas observações de como o curso está agregando-me valores em todos os sentidos, e de como os mestres que estão nos dando aula realmente fazem com excelência e dedicação.

Agradeço-lhes por esta oportunidade. Abraços.

Mary

quinta-feira, 4 de março de 2010

Mais um Protocolo do Sétimo Encontro

(...) cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar (...)”. Este trecho de conhecida oração, muito popular no Brasil e musicada por Jorge Ben Jor, demonstra o quanto as amarras prejudicam nosso desenvolvimento. Mas cordas também podem ser instrumentos de libertação, de transcendência, de cura, como vivenciamos no encontro da semana anterior, e as correntes podem ser de companheirismo e atenção para com o colega, o parceiro, a fim de formar uma coreografia, cada um a seu modo, mas ao mesmo ritmo, com a mesma pisada, o mesmo pulo.

Brincar é sempre consciente. As crianças brincam com seriedade e por isso se divertem tanto. E, claro, dá até para brincar sozinho, mas o gostoso é a interação. E interação pede confiança. Ou como se deixar carregar nas costas do outro, como erguer o outro nas próprias costas, independentemente de seu peso, de sua idade, de sua história?

O teatro é sempre interativo, pois mesmo no caso de um monólogo, existe a relação com a plateia, todo o trabalho anterior de preparação, o diálogo com o diretor e os demais envolvidos na montagem. Não dá para fazer teatro sozinho! Ainda bem...

Nesse sentido, interajo com Stanislavski (tema da primeira parte do encontro). Como ele demonstra no primeiro capítulo de “A preparação do ator”, preparar-se sem conexão com o conjunto do que vai ser representado é algo bastante deslocado. Mas mesmo esse deslocamento, tal qual demonstra o narrador, pode ser ressignificado quando se desenvolve uma consciência maior sobre a representação, já que nenhuma experiência é perdida. Importa muito ousar, testar, e não repetir-se mecanicamente (aliás, na vida, a repetição mecânica de algo – consciente ou inconsciente – nada mais é do que neurose). No segundo capítulo, o autor deixa claro que o teatro não existe porque alguém é a bailarina tchtchuquinha da vovó ou o carinha engraçado do 2o. B. Mas, acredito que (e espero que Stanislavski também), como nenhuma experiência é perdida, mesmo essas pequenas motivações podem levar alguém a amar o teatro. E amor pede comprometimento e disponibilidade, não cordas e correntes que amarrem.

Para mim, foi muito importante fazer alguns dos exercícios sem óculos. É um grande desafio encontrar alternativas de conexão com os colegas, cujos olhos abertos não consigo visualizar, bem como marcar o espaço, os objetos etc. O que não vejo, invento! E não costumamos fazer de olhos fechados algumas das melhores coisas da vida, como beijar e degustar (algo ou alguém) muito saboroso?

Fecho os olhos para ver melhor.” (Paul Gauguin, pintor)

Fecho o texto e me abro para o próximo encontro!

Evoé a todos!

Dermes

E-mail: prof.dermes@yahoo.com.br; Orkut: Dermes

EU DANÇO!

Eu danço manso, muito manso,

Não canso e danço,

Danço e venço,

Manipanso...

Só não penso...

Quando nasci eu não pensava e era feliz...

Quando nasci eu já dançava,

Dançava a dança da criança,

Surupango da vingança...

Dança do berço:

Sim e Não...

Dança do berço:

Não e Sim...

A vida é assim...

E eu sou assim.

... ela dançava porque tossia...

Outros dançam de soluçar...

Eu danço manso a dança do ombro...

Eu danço... Não sei mais chorar!...

Mário de Andrade

quarta-feira, 3 de março de 2010