Esse encontro teve um sabor diferente dos demais... Pra mim, ele começou no fim do encontro anterior, quando fizeram os primeiros acertos da nossa excursão ao FOLIAS, cuja expectativa permeou minha semana, e sei, a dos colegas também.
Foi uma experiência incrível ver de perto pessoas tão corajosas, doando-se pela arte, cheias de amor no que fazem.
No domingo, tínhamos muito pra contar, discutir, entender...
Confesso, ainda estou digerindo algumas coisas.
O momento em que compartilhamos sobre a leitura da peça também foi muito construtivo, pois percebemos que todos estamos sujeitos às dificuldades, e somos felizes por isso, pois é com a superação delas que crescemos. Percebo que, enquanto grupo, temos nos tornado cada dia mais solidários com a dificuldade do outro e interessados, também, em saber o que os demais leram, o que entenderam e aprenderam... Sinto-me mais culta nessa hora...rsrsrs....
Os exercícios físicos exigem de mim sempre maior dedicação. Por mais que eu me esforce em prestar atenção, confundo fácil essa história de quem pega fala um nome, que pega outrem, etc. Talvez por causa disso saio da brincadeira logo no começo, geralmente, corro pros braços do "inimigo"...( Rsrs). Pelo menos já me acostumei com a caminhada e com os números da Thais, esses eu quase não erro... Rs Em compensação, brincar de paquerar nunca foi tão divertido...
Difícil mesmo foi descobrir que nos despedimos da Thais (espero, por enquanto). Aquela massagem fechou com chave de ouro, né galera?? Ela, como sempre, caprichou na aula. Fica aqui o meu agradecimento, em nome de todos, pela generosidade em compartilhar conosco o que sabe, mais, o que é. Sua simpatia conquistou todos nós. Seu sorriso fará falta no próximo encontro. Foi o êxodo dela.
Fechamos o encontro com diversas palavras e o abraço individual deu forma a cada uma delas... Nada tão bom quanto sentir todo mundo pertinho...
Então, é isso.... Essa deliciosa brincadeira que levamos a sério. Esse jogo, que pode ter diversas regras, ou nenhuma; que revela mistérios e também os provoca; que nos ensina e anima a ensinar; que às vezes nos comove e sempre nos emociona. Sim, porque é impossível não sentir nada. A convivência com o teatro, com o palco, com a arte cênica, nos proíbe a indiferença. Esse contato nos tira da nossa zona de conforto (será nosso primeiro "Êxodo"?) e nos convida a adentrar num mundo lúdico, poético, inesperado, SAGRADO. Mais do que aprendizes, somos experimentadores, dispostos a pagar o preço que for preciso, a suar a camisa...
A letra da música abaixo resume pra mim um pouco deste último aprendizado. Fala da nossa insatisfação constante, da nossa necessidade do êxodo, das variações de tempo e lugar a que estamos sujeitos, e que na verdade, buscamos....
"A vida do viajante"
Composição: Luiz Gonzaga & Hervê Cordovil
Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Chuva e sol, poeira e carvão
Longe de casa sigo o roteiro
Mais uma estação
E a saudade no coração
Minha vida é andar por este país...
Mar e terra, inverno e verão
Mostro o sorriso, mostro a alegria
Mas eu mesmo não
E a saudade no coração