1º encontro "O ESPAÇO"

BEM-VINDOS

Este blog tem por missão REGISTRAR o processo de Imersão Teatral que o Grupo de Teatro Forfé está desenvolvendo durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2010 junto à comunidade piracicabana.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Protocolo do Décimo Encontro (21/03/10)

Esse encontro teve um sabor diferente dos demais... Pra mim, ele começou no fim do encontro anterior, quando fizeram os primeiros acertos da nossa excursão ao FOLIAS, cuja expectativa permeou minha semana, e sei, a dos colegas também.

Foi uma experiência incrível ver de perto pessoas tão corajosas, doando-se pela arte, cheias de amor no que fazem.

No domingo, tínhamos muito pra contar, discutir, entender...

Confesso, ainda estou digerindo algumas coisas.

O momento em que compartilhamos sobre a leitura da peça também foi muito construtivo, pois percebemos que todos estamos sujeitos às dificuldades, e somos felizes por isso, pois é com a superação delas que crescemos. Percebo que, enquanto grupo, temos nos tornado cada dia mais solidários com a dificuldade do outro e interessados, também, em saber o que os demais leram, o que entenderam e aprenderam... Sinto-me mais culta nessa hora...rsrsrs....

Os exercícios físicos exigem de mim sempre maior dedicação. Por mais que eu me esforce em prestar atenção, confundo fácil essa história de quem pega fala um nome, que pega outrem, etc. Talvez por causa disso saio da brincadeira logo no começo, geralmente, corro pros braços do "inimigo"...( Rsrs). Pelo menos já me acostumei com a caminhada e com os números da Thais, esses eu quase não erro... Rs Em compensação, brincar de paquerar nunca foi tão divertido...

Difícil mesmo foi descobrir que nos despedimos da Thais (espero, por enquanto). Aquela massagem fechou com chave de ouro, né galera?? Ela, como sempre, caprichou na aula. Fica aqui o meu agradecimento, em nome de todos, pela generosidade em compartilhar conosco o que sabe, mais, o que é. Sua simpatia conquistou todos nós. Seu sorriso fará falta no próximo encontro. Foi o êxodo dela.

Fechamos o encontro com diversas palavras e o abraço individual deu forma a cada uma delas... Nada tão bom quanto sentir todo mundo pertinho...

Então, é isso.... Essa deliciosa brincadeira que levamos a sério. Esse jogo, que pode ter diversas regras, ou nenhuma; que revela mistérios e também os provoca; que nos ensina e anima a ensinar; que às vezes nos comove e sempre nos emociona. Sim, porque é impossível não sentir nada. A convivência com o teatro, com o palco, com a arte cênica, nos proíbe a indiferença. Esse contato nos tira da nossa zona de conforto (será nosso primeiro "Êxodo"?) e nos convida a adentrar num mundo lúdico, poético, inesperado, SAGRADO. Mais do que aprendizes, somos experimentadores, dispostos a pagar o preço que for preciso, a suar a camisa...

A letra da música abaixo resume pra mim um pouco deste último aprendizado. Fala da nossa insatisfação constante, da nossa necessidade do êxodo, das variações de tempo e lugar a que estamos sujeitos, e que na verdade, buscamos....


"A vida do viajante"

Composição: Luiz Gonzaga & Hervê Cordovil

Minha vida é andar por esse país

Pra ver se um dia descanso feliz

Guardando as recordações

Das terras onde passei

Andando pelos sertões

E dos amigos que lá deixei

Chuva e sol, poeira e carvão

Longe de casa sigo o roteiro

Mais uma estação

E a saudade no coração

Minha vida é andar por este país...

Mar e terra, inverno e verão

Mostro o sorriso, mostro a alegria

Mas eu mesmo não

E a saudade no coração

quinta-feira, 18 de março de 2010

Protocolo do Nono Encontro (14/03/10)

Empolgação, ansiedade, vontade de se superar e querer que cada segundo valha a pena é o que eu sinto antes e ao decorrer de cada encontro e o último não foi diferente e não deixou a desejar em nada; o ponto alto dos encontros ao meu ver é o mistério, mistério por você não saber exatamente o que será proposto e se você dará conta do recado... Mas é esse friozinho na barriga que nos estimula a querer descobrir e executar qualquer situação que te desafie.

Começamos o encontro “passeando” pelas peças teatrais, onde cada um deveria descrever e expor a sua opinião sobre a peça que lhe foi destinada. Foi um momento de partilha onde pudemos ter um “aperitivo” das histórias e seus autores. Embora o momento tenha sido delicioso foi difícil para mim, porque pude perceber como meus companheiros se empenharam em suas pesquisas e como eles estavam preocupados em nos passar informações corretas, enquanto eu me martirizava por não ter estudado tanto como gostaria, no entanto, todas as explicações foram ótimas e conseguiram plantar a sementinha da curiosidade e ficou no ar aquele gostinho de quero mais.

Depois já dos conhecidos alongamentos e dinâmicas fomos divididos em grupos, trios e duplas afim de fazer uma improvisação de uma cena na qual só sabíamos pequenos detalhes o resto seria por nossa conta e tenho que ressaltar que todos se saíram muito bem nessa tarefa, pode-se perceber um entrosamento muito bom entre todos e a evolução de cada um. Aliás, quando ouço a palavra IMPROVISAÇÃO me dá o temido friozinho na barriga; mas pelo fato de já estarmos praticando a algumas aulas me senti mais segura e senti também a importância que tem ser apoiada pelos parceiros de cena, por estar vencendo um dos meus medos, ter a oportunidade de ficar mais próxima de pessoas que não tinha tanto contato antes e poder conhecê-las melhor foi o que eu mais gostei neste domingo.

E falando em gostar não poderia deixar de citar o segundo “passeio” do dia: a introdução no mundo da iluminação. Quem nos guiou foi o supervisor técnico de iluminação do TEATRO MUNICIPAL, o Fernando (Sombra). Tivemos uma noção do que pode e do que não se deve fazer numa iluminação com uma breve, porém, interessante explicação pudemos conhecer um pouco mais sobre essa parte dos espetáculos muito importante.

Pude perceber no último encontro que os DETALHES são extremamente importantes e quando você pensar que algo esta bom MEXA-SE porque pode ficar melhor.

Um dito que resume não só o nosso ultimo encontro, mas também se aplica a nossa vida.

"TODOS ESTAMOS DE VISITA NESTE MOMENTO E LUGAR; SÓ ESTAMOS DE PASSAGEM. VIEMOS OBSERVAR, APRENDER, CRESCER, AMAR E VOLTAR PARA CASA."

Dito aborígine australiano

Wilma Barbosa

Conviver com pessoas diferentes é sempre um desafio; mas esse desafio se torna gostoso se essas pessoas respeitam, aceitam e acolhem todas as opiniões propostas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Protocolo do Oitavo Encontro (07/03/10)


As oficinas geralmente são momentos para refletir sobre arte e ter uma noção de como se constrói tudo aquilo que se vê quando vemos os atores no palco. Esperava também saber um pouco sobre Brecht, um nome que ouço vez ou outra, mas nunca havia parado para pesquisar sobre suas ideias.

Achei interessante a preocupação em manter a postura crítica daqueles que assistem e os recursos utilizados para que as pessoas não ficassem hipnotizados com o que veem. Além disso, existe também a preocupação em deixar claro que se está num teatro e no palco se passa um jogo e não realidade. Para isso, podem-se criar interrupções para “quebrar” a atenção da plateia, manter os atores o tempo todo no palco, deixando que eles se distanciem ou aproximem-se dos personagens nos momentos adequados.

Na época em que assisti Dogville, lembro-me de ter gastado um bom tempo tentando entender como se davam as relações entre os personagens, já que algumas situações são bastante incomuns. Se o objetivo do Lars Von Trier era levar Brecht do teatro para o cinema conseguiu, tanto que não consegui realmente “entrar” no filme mesmo ele sendo fortíssimo.

A parte prática da oficina foi bastante curiosa e exigiu mais de nós que o normal, mas acho que foi um dos exercícios mais intensos que fizemos até hoje. Os alongamentos tomaram formas diferentes, mais distantes das aulas de educação física e mais próximo da arte, tanto que várias vezes fomos alertados sobre a delicadeza dos movimentos.

Alongar, dobrar, carregar, esticar, trabalhar os planos e procurar a beleza destes movimentos é uma tarefa ótima, principalmente quando os fazemos num ritmo super acelerado. Acredito que a opção pela Sala 2, a iluminação mais fraca e amarelada e da música (que mais parecia a junção de sons aleatórios) contribuiu para que a atmosfera ficasse diferente, e nos poucos momentos que pude ver o que acontecia ao meu redor parecia um ritual estranho. Vi imagens parecidas com a foto acima. Fiquei curioso para saber como ficariam as cenas se os diálogos do Caio F. fossem feitos com todos nós exaustos. Resumindo, foi um dos exercício mais interessante que fizemos até hoje .

Outro ponto que me chamou a atenção foi a corda, não pelo exercício em si, mas pela minha dificuldade em conseguir acertar a hora certa de pular. Pior ainda quando a corda se inverteu: aí sim se danou tudo. Quando as oficinas começaram eu esperava que o maior desafio seria a exposição, os momentos em que eu estaria em cena, mas não, a minha maior dificuldade é ACORDA! Ao mesmo tempo, não será A CORDA que me fará desistir, pelo contrário, vou pular e entrar no tempo errado até finalmente acertar! Algo que deve acontecer, provavelmente, numa próxima encarnação ou nesta mesma se eu continuar a insistir e insistir e insistir...

Até o próximo domingo!

sexta-feira, 5 de março de 2010

E mais um (terceiro) Protocolo do Sétimo Encontro

A minha expectativa antes do encontro era de mais uma aula empolgante. Não imaginara que teríamos a parte teórica antes da prática e que a aula se realizaria na Sala 2 do Teatro Municipal. Não tinha a imensidão de tão profundo que seria a aula. Os exercícios proposto foram: inicialmente um bate-papo sobre o teórico Constantin Stanislavski, autor do livro “A preparação do ator”. Discutimos seus pensamentos e a importância do livro, que não deixa de ser um exercício.

Na parte prática primeiramente foi realizado um alongamento individual e depois em duplas que escolhíamos aleatoriamente.

Logo em seguida realizamos o exercício da corda, em que se baseia na antiga brincadeira de criança de passar pela corta enquanto a mesma se encontra em movimento; de início apenas atravessar por ela em subsequente dar pulos. Este exercício foi realizado individualmente e posteriormente em duplas até o momento de ser em grupo.

O objetivo desta brincadeira séria é nos transpor a dimensão de estar diante do palco, saber como entrar em cena, respeitar o espaço do outro ator e trabalhar em conjunto. Todos os exercícios exigiram-nos muita atenção em todos os sentidos, porém, de uma maneira especial destaco o exercício com a corda pelo fato de respeitar as dificuldades do meu próximo e os meus. Como incentivá-lo quando ele não consegue pular a corda? Trazendo para o teatro, como fortalecer meu companheiro quando ele se encontra em dificuldade antes e durante a cena? E nós pudemos desfrutar e aprender de maneira simples e objetiva este conceito.

Após este exercício foi proposto que reuníssemos em grupo e, cada grupo tinha que responder três perguntas: quem são vós? Onde vós estais? Fazendo o quê? Depois foi distribuída a ideia, por exemplo, as ideias do grupo 1 para o grupo 2, e os mesmos tinham que encenar o que foi idealizado pelo outro grupo. Como sempre após cada exercício foi realizado em feedback.

O último exercício foi o chamado “Jesus passou por aqui”. O mesmo consiste na formação de uma roda em que um participante passava com um bastão dizendo: “Jesus passou por aqui, Jesus passou por aqui e Jesus ficou aqui”. Como foi relatado pelo Felipe Menezes o exercício não tem pré-explicação, entendemos ou não.

Sobretudo o exercício que mais curti foi o da corda, embora desafiador e energizante, amei por arrostar as minhas próprias dificuldades. Assim como todos que participaram.

Sem sombra de dúvida o exercício que senti mais dificuldade, acredito que a maioria irá concordar comigo, foi o “Jesus passou por aqui”. Digo-lhes isto de uma forma divertida, uma vez que de início não entendêssemos o que ocorreria, mas exigiu-nos uma atenção maior e que com certeza deixou-nos pensativos: durante a semana fiquei ponderando ao ponto de sonhar com o mesmo tentando desvendá-lo.

A sensação deixada no encontro especificamente para mim foi que posso muito mais do que imagino e, que preciso melhorar muito, continuar estudando. Bem, como teatro não é apenas um espetáculo extraordinário e de formosura, mas há um estudo profundo-técnico a respeito. A discussão inicial do encontro sobre o livro “A preparação do Ator” fez-me refletir sobre esta seriedade e a suma importância de se preparar antes de subir em uma plataforma.

Para resumir o encontro deixo-lhes as seguintes frases de dois filósofos referenciais por suas ideologias, como também de um grande pintor que se tornou alusão mundial por suas obras. Acredito que estas frases transcrevem de uma forma singela o encontro de domingo passado.

“Todo meu saber consiste em saber que nada sei” Sócrates 469 a.C- 470 a.C. Quanto mais estudo mais percebo que muito tem que se aprender.

“A excelência é o resultado daquilo que fazemos repetidamente; portanto, não é um incidente”. Aristóteles 384 AC322 AC. Repetir, repetir sempre para concluir sucesso.

“Dentro da pedra já existe uma obra de arte. Eu apenas tiro o excesso de mármore”. Michelangelo 1475-1564. Dentro de nós existe um grande talento, basta dedicarmos tempo para lapidá-los.

Não poderia deixar passar a oportunidade de registrar minhas observações de como o curso está agregando-me valores em todos os sentidos, e de como os mestres que estão nos dando aula realmente fazem com excelência e dedicação.

Agradeço-lhes por esta oportunidade. Abraços.

Mary

quinta-feira, 4 de março de 2010

Mais um Protocolo do Sétimo Encontro

(...) cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar (...)”. Este trecho de conhecida oração, muito popular no Brasil e musicada por Jorge Ben Jor, demonstra o quanto as amarras prejudicam nosso desenvolvimento. Mas cordas também podem ser instrumentos de libertação, de transcendência, de cura, como vivenciamos no encontro da semana anterior, e as correntes podem ser de companheirismo e atenção para com o colega, o parceiro, a fim de formar uma coreografia, cada um a seu modo, mas ao mesmo ritmo, com a mesma pisada, o mesmo pulo.

Brincar é sempre consciente. As crianças brincam com seriedade e por isso se divertem tanto. E, claro, dá até para brincar sozinho, mas o gostoso é a interação. E interação pede confiança. Ou como se deixar carregar nas costas do outro, como erguer o outro nas próprias costas, independentemente de seu peso, de sua idade, de sua história?

O teatro é sempre interativo, pois mesmo no caso de um monólogo, existe a relação com a plateia, todo o trabalho anterior de preparação, o diálogo com o diretor e os demais envolvidos na montagem. Não dá para fazer teatro sozinho! Ainda bem...

Nesse sentido, interajo com Stanislavski (tema da primeira parte do encontro). Como ele demonstra no primeiro capítulo de “A preparação do ator”, preparar-se sem conexão com o conjunto do que vai ser representado é algo bastante deslocado. Mas mesmo esse deslocamento, tal qual demonstra o narrador, pode ser ressignificado quando se desenvolve uma consciência maior sobre a representação, já que nenhuma experiência é perdida. Importa muito ousar, testar, e não repetir-se mecanicamente (aliás, na vida, a repetição mecânica de algo – consciente ou inconsciente – nada mais é do que neurose). No segundo capítulo, o autor deixa claro que o teatro não existe porque alguém é a bailarina tchtchuquinha da vovó ou o carinha engraçado do 2o. B. Mas, acredito que (e espero que Stanislavski também), como nenhuma experiência é perdida, mesmo essas pequenas motivações podem levar alguém a amar o teatro. E amor pede comprometimento e disponibilidade, não cordas e correntes que amarrem.

Para mim, foi muito importante fazer alguns dos exercícios sem óculos. É um grande desafio encontrar alternativas de conexão com os colegas, cujos olhos abertos não consigo visualizar, bem como marcar o espaço, os objetos etc. O que não vejo, invento! E não costumamos fazer de olhos fechados algumas das melhores coisas da vida, como beijar e degustar (algo ou alguém) muito saboroso?

Fecho os olhos para ver melhor.” (Paul Gauguin, pintor)

Fecho o texto e me abro para o próximo encontro!

Evoé a todos!

Dermes

E-mail: prof.dermes@yahoo.com.br; Orkut: Dermes

EU DANÇO!

Eu danço manso, muito manso,

Não canso e danço,

Danço e venço,

Manipanso...

Só não penso...

Quando nasci eu não pensava e era feliz...

Quando nasci eu já dançava,

Dançava a dança da criança,

Surupango da vingança...

Dança do berço:

Sim e Não...

Dança do berço:

Não e Sim...

A vida é assim...

E eu sou assim.

... ela dançava porque tossia...

Outros dançam de soluçar...

Eu danço manso a dança do ombro...

Eu danço... Não sei mais chorar!...

Mário de Andrade

quarta-feira, 3 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

Protocolo do Sétimo Encontro (28/02)

SUPERANDO DESAFIOS

Domingo, 28 de Fevereiro/10, tivemos que pular corda, mas pular corda! Sim pular corda, nós não estávamos somente pulando corda, nós estávamos superando desafios, pois usamos a percepção, a determinação e a persistência. No início desta dinâmica, achava que seria impossível dar 05 saltos com 05 companheiros na mesma corda, descobrir através das nossas atitudes que podemos encontrar caminhos que nos leva para dentro de nós mesmos, e é ai que podemos despertar potenciais adormecidos e prontos para alçar vôos mais altos, pois é lá do alto que a nossa visão pode alcançar o todo. Quando o nosso diretor Felipe nos reportava um pouco da vida de um criador de teatro, o Sr. Stanislavski, comecei entender que o mesmo queria dizer que o homem pleno não segue convenções que venha reduzir o alcance da sua percepção, mas este homem pleno está em busca da sua liberdade, liberdade para expressar seus sentimentos, liberdade para expressar o seu desejo sem as amarras das convenções que impõem o reducionismo, onde tudo deve seguir o pensamento de terceiros. Em cada pulo pude notar o meu crescimento, no trabalho em equipe, a responsabilidade com todos. Em nossas apresentações percebi o valor da solidariedade com os meus companheiros de espetáculo, enquanto a platéia sofria muito, ao ver meus companheiros de jornada desconsiderar a presença desta platéia, com muitas pessoas falando ao mesmo tempo, ou exagerando na dramaturgia, em tudo isso descobrir outro ingrediente infalível: o poder da presença, pois se estamos presentes nas situações que exigem total desprendimento para ajudar o outro, devemos concentrar para evitarmos o desconforto desta platéia. Gostaria de encerrar o meu relato citando o mestre Paulo Freire.

Ø Como posso dialogar, se me alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no outro, nunca em mim?

Ø Como posso dialogar, se me fecho à contribuição dos outros, que jamais reconheço, e até me sinto ofendido com ela?

Ø Não há também diálogo, se não há uma intensa fé nos homens. Fé no seu poder de fazer e refazer. De criar e Recriar, Fé na sua vocação de ser MAIS, que não é privilegio de alguns eleitos, mas direito dos homens.

Joel Florêncio de Souza

e-mail: jfsouza33@yahoo.com.br

site: joelsouza.com.br

Fotos





Protocolo do Sexto Encontro 21/06

Olá galera!!! PAZ e BEM

Poxa quero pedir desculpa, fiquei muito constrangida de ter chegado com 1 hr de atraso na oficina, estava indecisa se ia ou não porque tinha uma reunião de família pra ir, mais a vida é feita de escolhas...
Logo no primeiro exercício que peguei foi muito estranho pra mim porque esse negocio de ritmo, dança ai ai ai!!! tive dificuldade de entender o que o Fabrício (que admiro pakas) estava propondo. A MÚSICA e o teatro que belo, que junção perfeita para quem ama a arte. Em um dos exercícios que o Fabrício propôs, dos ritmos, de sentir de viver cada momento da vida com um ritmo diferente uma hora lento ou hora muito rápido foi pra mim muito bom. Eu percebi que eu não conheço o ritmo da minha vida: eles são tão diferentes e eu na minha ignorância de que eles são sempre os mesmo, o ritmo da vida cada momento que
vivemos... então, dá uma canção; quando eu acordo o meu ritmo é uma canção e quando vou dormir é outra. Percebi que nossa vida é todos os dias e a cada momento uma canção nova, mesmo que seja de alegria ou tristeza é sempre uma nova canção.

O exercício que eu mais "curti" foi, sem dúvida alguma, as encenações, certo que no primeiro meu grupo não viveu o que foi proposto e já peço perdão por está falando isso; percebi como a música nos envolve, nos atrai, que maravilha. Senti dificuldade também porque trabalhar em grupo é maravilhoso, mas é muito penoso. Me diverti muito nesse encontro, como nos outros aprendi muito, parabéns a toda equipe do Forfé e em especial ao Fabrício. Eu que já amo muito musica (MSB- música sertaneja brasileira) quero sentir e viver cada canção como o ritmo da minha própria vida. Esse encontro de ritmo e som eu resumo numa palavra: CORAÇÃO, porque assim como a música a palavra coração diz muitas coisas não tem como explicá-la e esse encontro que marca nossa vida porque só pelo fato de estarmos unidos por um laço de amor, desejo de descoberta e conhecimento... Que alegria poder aprender sobre algo tão fascinante o teatro e a música que muitos podem achar exagero meu, mas eu creio que uma boa música pode sim mudar a nossa vida, nos trazer alegria, desejo de viver algo que a música fala, ser a melodia que envolve e muitas vezes se cala mais deixa sua marca... EXAGERANDO UM POUCO MAIS, nós somos música, muitas vezes temos a mesma letra mas com arranjos diferentes, outros com arranjos iguais e letra diferente, somos gente que seguindo em frente vamos fazendo e vivendo o musical da vida real e o melhor de tudo que o compositor dessa linda canção, sem duvida alguma é DEUS então nós vamos caminhando e cantando e seguindo a canção porque,


Somos todos iguais

Braços dados ou não

Nas escolas, nas ruas

Campos, construções

Caminhando e cantando

E seguindo a canção...

Vem, vamos embora

Que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora

Não espera acontecer...

Nas escolas, nas ruas

Campos, construções

Somos todos soldados

Armados ou não

Caminhando e cantando

E seguindo a canção

Somos todos iguais

Braços dados ou não...

Os amores na mente

As flores no chão

A certeza na frente

A história na mão

Caminhando e cantando

E seguindo a canção

Aprendendo e ensinando

Uma nova lição...

Vem, vamos embora

Que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora

Não espera acontecer...



Galera mais ou menos dessa oficina louca com tantos talentos, é sinceramente uma alegria estar com vocês. Que Deus em seu infinito dom de compor, possa escrever na sua vida letras de amor, com a batida perfeita do teu coração e do Dele, que em cada canção cantada, cada ritmo proposto você possa mostrar no seu rosto que 'QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA' e Deus vai criando esse musical, nota por nota, ação por ação e mesmo que, às vezes, desafinamos e perdemos a razão, Deus em seu infinito amor vai nos moldando e deixando em nós como uma bela canção marcas que se eternizam e de novo
nos leva a seu coração.


Abraço fraterno, até logo!


Anágela Carvalho

sjs.misericordia@gmail.com

anagela.blogspot.com