1º encontro "O ESPAÇO"

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Este blog tem por missão REGISTRAR o processo de Imersão Teatral que o Grupo de Teatro Forfé está desenvolvendo durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2010 junto à comunidade piracicabana.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Protocolo do Oitavo Encontro (07/03/10)


As oficinas geralmente são momentos para refletir sobre arte e ter uma noção de como se constrói tudo aquilo que se vê quando vemos os atores no palco. Esperava também saber um pouco sobre Brecht, um nome que ouço vez ou outra, mas nunca havia parado para pesquisar sobre suas ideias.

Achei interessante a preocupação em manter a postura crítica daqueles que assistem e os recursos utilizados para que as pessoas não ficassem hipnotizados com o que veem. Além disso, existe também a preocupação em deixar claro que se está num teatro e no palco se passa um jogo e não realidade. Para isso, podem-se criar interrupções para “quebrar” a atenção da plateia, manter os atores o tempo todo no palco, deixando que eles se distanciem ou aproximem-se dos personagens nos momentos adequados.

Na época em que assisti Dogville, lembro-me de ter gastado um bom tempo tentando entender como se davam as relações entre os personagens, já que algumas situações são bastante incomuns. Se o objetivo do Lars Von Trier era levar Brecht do teatro para o cinema conseguiu, tanto que não consegui realmente “entrar” no filme mesmo ele sendo fortíssimo.

A parte prática da oficina foi bastante curiosa e exigiu mais de nós que o normal, mas acho que foi um dos exercícios mais intensos que fizemos até hoje. Os alongamentos tomaram formas diferentes, mais distantes das aulas de educação física e mais próximo da arte, tanto que várias vezes fomos alertados sobre a delicadeza dos movimentos.

Alongar, dobrar, carregar, esticar, trabalhar os planos e procurar a beleza destes movimentos é uma tarefa ótima, principalmente quando os fazemos num ritmo super acelerado. Acredito que a opção pela Sala 2, a iluminação mais fraca e amarelada e da música (que mais parecia a junção de sons aleatórios) contribuiu para que a atmosfera ficasse diferente, e nos poucos momentos que pude ver o que acontecia ao meu redor parecia um ritual estranho. Vi imagens parecidas com a foto acima. Fiquei curioso para saber como ficariam as cenas se os diálogos do Caio F. fossem feitos com todos nós exaustos. Resumindo, foi um dos exercício mais interessante que fizemos até hoje .

Outro ponto que me chamou a atenção foi a corda, não pelo exercício em si, mas pela minha dificuldade em conseguir acertar a hora certa de pular. Pior ainda quando a corda se inverteu: aí sim se danou tudo. Quando as oficinas começaram eu esperava que o maior desafio seria a exposição, os momentos em que eu estaria em cena, mas não, a minha maior dificuldade é ACORDA! Ao mesmo tempo, não será A CORDA que me fará desistir, pelo contrário, vou pular e entrar no tempo errado até finalmente acertar! Algo que deve acontecer, provavelmente, numa próxima encarnação ou nesta mesma se eu continuar a insistir e insistir e insistir...

Até o próximo domingo!

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